MEU ELETROCARDIOAMOR
Alguns dizem que eu exponho de mais os meus sentimentos, o meu “eletrocardioamor”, o que acusa uma disritmia constante no meu coração. Mas poxa! Ainda bem que eu exponho o amor, que eu falo de amor, deste fardo suportável que carrego pela vida afora, o qual não me pesa e nunca me cansa! Ainda bem que eu não tenho vergonha nenhuma de falar que “eu amo”, mesmo não sendo recíproco, “eu amo”, mesmo não tendo o devido reflexo, “eu amo”, mesmo sendo de certa forma, platônica, “eu amo”; pois é assim que é, assim é que tem que ser, até que um dia o amor se dissipe por si só e deixe o coração seguir o seu ritmo normal, uma vez que este sentimento, o “amor”, tem a sua força própria para nascer e para morrer sem nenhuma explicação, pois por fim trata-se da mais pura e mais forte expressão no sentindo mais amplo da palavra. Um sentimento que dispensa cobranças da outra parte, que dispensa todas as razões que o faz acontecer no coração e na alma de alguém. Que dispensa tudo pra ser apenas “amor” e cumprir a sua função, a qual é a de simplesmente “amar”. Esta sim é a razão mais forte, mais plausível e a que faz todo sentido dentro da conjugação deste verbo tão expressivo, que pode trazer o verdadeiro encanto para a vida de cada um de nós! Infeliz daquele que não tem um amor para expressa-lo do jeito que quiser e como puder, sem se importar com a cor, raça, aparência, idade e muito menos com aquilo que os outros dizem!