Fazedor de Luz

Todos compomos uma lenda...

Donos de histórias, emprestamos desejos aos mitos...

Saímos da caverna que limita nossa visão e comparamos, empolgados, novos tolos aos velhos tolos de sempre, em nós outros reconhecidos.

Queremos o que está perdido, perdemos o que não cuidamos. Todo dia uma nova ordem se instala na casa do louco. Toda hora a prece do sábio e a reza do tolo se tomam de mesmo rumo. O ponto final do que se perde agoniza os termos do que, em prantos, a Deus se pede...

Surge na vida do esperançoso, antes das bodas com seu fim, um ente missionário de áfricas e de geladuras também experimentado que mesmo não se propondo a ser anjo, proporciona chamas de iluminar caminhos e de consolar dores e, quem sabe, despertar amores...

O Fazedor de Luz, desejado anjo, impuro por ser pobre, pecador por ser rico, amigo por ser nobre, falível por ser único, sai também da caverna pela mesma mágica ilusionista dos que o esperam e a ela retorna sem mérito, procurando no chão em que pisa algo para chamar de mãe, algo tão familiar que lhe dê abrigo.

Fazedores de luz somos todos nós na vida de quem amamos. Não há quem não ofereça , de coração, luz de alma livre, com a mesma luz também banhada.

VOLTAR À CAVERNA ? ... Por quê ???

Marcos de Castro Palma
Enviado por Marcos de Castro Palma em 21/10/2013
Reeditado em 21/10/2013
Código do texto: T4534883
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