A Pertinência entre a Velhice e o Dinheiro
É evidente que uma grande parcela das pessoas, ao alcançarem uma idade mais avançada, tornam-se apreciadoras do dinheiro e do que ele pode fornecer, porém, de uma forma exagerada e quase doentia. É como se substituíssem a ausência da juventude pelo poder financeiro, uma lacuna da vida que foi preenchida de uma forma errônea e insensata.
Escravizam-se, portanto, ao dinheiro e aos seus prazeres. E em diversas ocasiões da vida, usam-no como única moeda de troca social e também de instrumento de controle dos outros. A natural fragilidade promovida pela chegada (ou proximidade) da terceira idade é, nesse sentido, blindada pelo dinheiro. Utilizando-o, assim, como o último - e o mais desesperador - recurso de autodefesa contra as ameaças promovidas pelo ambiente e pelas pessoas.