Ao meu querido amigo...

E não são as pessoas

que nos levam ao abismo

nem os fatos do cotidiano

que num segundo

nos impulsiona

do inferno ao paraíso

(ou vice-versa)...

Somos nós mesmos

nessa busca incessante

-leviandade-

por desejos de viver

em quantidade...

E, num "trago" de vida louca

-em algumas horas de torpor-

nos vemos perdidos novamente

e na escuridão o horror...

No meio de tantos e muitos

num redemoinho sem fim

Música-pessoas-dança

mas há um vazio em mim...

Procuro companhia em meio a solidão

desesperada quero alegria

(Senhor tem compaixão)

me encontro mais sozinha e vazia

(Senhor me dê a mão)...

E volto quebrantada,

(de novo a união)

com a certeza de que a verdadeira alegria

está no coração

pois por vezes me sinto uma estranha,

mesmo em meio a

Multidão...

Te encontro Senhor nas advertências de um

Irmão,

que,

em forma humana,

tem um "quê" de divino...

-me orienta,

-me repreende e,

mesmo sem concordar,

me deixa ir, insistindo-nas entrelinhas-

para eu ficar...

Amigo que ama é assim:

-fala o que a gente precisa ouvir

respeitando o nosso livre-arbítrio...

E, quando volto arrependida,

com vergonha desse egoísmo incessante

Te peço perdão novamente

Meu querido amigo...

Cavaleiro Reluzente

Maria Aparecida A da Silva
Enviado por Maria Aparecida A da Silva em 19/10/2013
Reeditado em 02/11/2013
Código do texto: T4532407
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