História do mundo

Doces esperanças dos amores, que no principio engrandeciam um vasto céu formado apenas de suas almas - sem grandes órbitas, organizações ou qualquer outra forma de estrela - sendo elas uma mais brilhante do que a outra, tomava de encanto um doce e radiante céu. Tão amargante quanto a visão de uma cidade grande com suas torres de luz. Cada sentimento uma estrela, cada estrela uma janela escura. Pouco a pouco elas se fundiram formando estrelas ainda maiores, que possuíam uma energia tão única quanto as estrelas. As que eram ainda maiores, dançaram por milhões de anos pelo céu e construíram enormes pedras frias e sem vida. Pouco a pouco as estrelas foram transformando as pedras em outras pequenas estrelas. Aos poucos, o Universo como hoje conhecemos foi se formando, e para isso as estrelas sumiram pouco a pouco daquele céu. Mas ao fim de sua maior obra elas puderam enfim repousar em um planeta em especial: O planeta das estrelas. Lá haveria uma magia nos seus quatro cantos, uma força indescritível e completamente única. Cada criatura carregaria dentro de seu peito uma estrela e esta viveria, se desenvolveria e descobriria novos sentimentos. Mas, ao longo dos anos, esse planeta foi se perdendo, até que, como se conta, se perdeu totalmente e se transformou em uma única estrela que hoje brilha mais forte que as outras em algumas noites de outono. Tantas transformações se sucederam e o Universo regido pelas estrelas continuou com seus planetas dançando por entre elas. Na Terra, diversos semideuses tentaram estuda-las e compreendê-las, alguns até tentaram lhes fazer oferendas com palavras para que essas os levassem para o planeta delas. Milhares de anos se passaram e uma única estrela resolveu pousar por aqui e viver de novo em um corpo. Planeta regido por tantas pessoas, guerras e mortes daqueles habitantes de uma terra feita por estrelas e mesmo assim, em um lugar remoto, a estrela resolveu se encontrar. E foi ali, em um belo par de olhos, um belo sorriso e em um pulsar apaixonante, que eu resolvi fazer também a minha oferenda. Mas a minha vontade não é de me encontrar no planeta das estrelas, e sim na minha estrela que agora mora também em meu peito.