Pertenço

Pertenço à estrada

Que tem ida

Sem vida regressa

Ou pensamento suicida.

Há paradas mas...

Todas com setas de saídas.

Balbuciam apenas

Aquelas vozes tão frias

As mesmas que teimavam

Em levar alegrias.

Pertenço à realidade

E às ilusões solidárias

Essas que regeneram o sorriso

E libertam o coração reprimido.

Sobra tempo e energia

Para carregar muitas vidas

Mas pertenço a um tempo

Em que a vida se encarrega

De todo o controle.

Então inclino a cabeça

No tempo em que me abraça

Tão forte o travesseiro...

E me deleito

Nos permitidos sonhos brejeiros.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 10/10/2013
Código do texto: T4519583
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