PENSAMENTOS -
"Das penas de ganso à penas de ouro..." 
 
ABSURDO
Absurdo é o homem que não muda
.
 
Muitos homens foram espezinhados,
execrados e até queimados vivos, por suas idéias julgadas absurdas.
Julgados por outros homens "de um livro só" como disse Santo Agostinho em seus pensamentos.
Estes absurdos, quer sejam em décadas ou séculos,
vieram revolucionar a sociedade:
na astronomia, aerodinâmica, ótica, corpo humano,
diversas áreas ou dirimindo sofrimentos nas deficiências humanas.

 
Aquilo que foi um estúpido absurdo ao fim de uma geração, centenas de vezes tornou-se o foco máximo de honrarias e prêmios de genialidade anos depois.
 
 
Os grandes inventores - quanto mais seus sonhos e projetos - eram considerados risíveis e absurdos, passíveis de irem para a fogueira junto com seus projetos e engenhos, destarte, a maioria dos inventos vingou e cumpriu com sua finalidade. Bom é notar que tais gênios inventivos haviam que ter o beneplácito do poder e da Igreja, onde a lucupletação pudesse transitar. Assim, por exemplo, não foram para a fogueira os engenhos e projetos de Leonardo da Vinci, por agradarem o poder eclesiástico e político da época.
Do Cavalo de Tróia às Viagens de Júlio Verne, do 14-Bis de Santos Dumont ao Concord, da pena de ganso à pena de ouro dos modernos instrumentos de escrita: hoje, para onde girarmos a cabeça ou volvermos o pensamento, vemos os "absurdos" laureados de lógica e coroados de razão. 

CORAÇÃO

O coração é um covo
Um ardil.
Quem nele cai
Fica preso no redil.

O que já foi amor
E os olhos não veem mais
Passe o tempo que for
O coração não esquece jamais!

 
O amor não é linear,de forma estável,
 é turbulência de sentimento,
tem voltagem de alta tensão,
que varia em conformação invejável
 nas ondas do coração:
amor marital,amistoso, paternal, filial ou divinal
reservando cuidados ao perigo da paixão. 
 Não devem também ser acolhidos e acomodados
certos sentimentos platônicos,
 por intensos e negativos ao serem alçados, 
 destroem até os sistemas orgânicos,
por estarem - da realidade -  
distantes e antagônicos.
Esse amor a outro ser tão sublimado,
jamais será verdade 
de tal forma idealizado
nunca será alcançado. 
O amor deve ser benéfico e acalentado,
na realidade alicerçado,
sobre uma rocha construido   
a dar-nos paz abençoada.
Como se em uma varanda sentado estar 
apreciando um céu estrelado,
em uma cálida noite de luar!

 
O amor eivado de ciume: cuidado! 
É como fogueira de Inquisição,
Que ao fogo o amante é levado,
Sem ter prova para confirmar.
Disto fazem realidade: ao acusado
A tortura; para a heresia encontrar...

 










 
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 09/10/2013
Reeditado em 21/07/2014
Código do texto: T4517473
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