Um escritor qualquer
E achavam que eu era um poeta mundano, tresloucado, conquistador barato.
Mas eu não passava mesmo de um cara calado, deslocado, mal- amado, e acostumado com a dor.
Um escritor qualquer, que nem sequer de escritor podia ser chamado.Eu inventava personagens, imaginava situações, e chegava em casa de noite e chorava.
Eu me dava conta, que ninguém sentia minha falta, e aí então eu me desesperava, e esperava.Onde mais a vida ia me fuder? É esperar para ver...