Pensamento 278
Não fora a certeza da manhã futura e todo o peso desta escuridão seria intolerável. Chego aqui vazio de sentido e nenhuma voz é portadora de paz. Tu mesma, imóvel na cinza das horas, és como uma pedra que não sabe nem espera. O teu silêncio traduz o medo da palavra não vá sair-te da garganta o fermento da rebeldia ou o som da justa guerra. Digo-te que toda a raiva é prenúncio de liberdade mas aceito que, por amor, hibernes até que venha o sol ou a morte.