Senhor Espelho
Espelho, inimigo cruel, diz-me tudo, sem nada pronunciar.
Escancara verdades de forma nua e crua. Não disfarça, nem tão pouco do dosa pílula.
Intoxica-me com espécie de remédio amargo, ministrado sem dó...
Idade, verdade, vaidade...
Tudo ali, exposto, visível na mesma face, que um dia fora menina, ainda assustada com as primeiras espinhas, a observar rugas, detalhes, contornos.
Devaneios seguindo viagem ao passado, capaz de afirmar ser a menina ali escondida, espiando a mulher madura, vivida...
O tempo não volta, segue sempre adiante, escreve histórias, marca território, guiado por rotas e sinais, que tornam-se evidencias no reflexo do espelho...
Imagem do caminho feito, das escolhas, acertos e erros...
Ah! Senhor Espelho!
Por quem me tomas?
Espelho, inimigo cruel, diz-me tudo, sem nada pronunciar.
Escancara verdades de forma nua e crua. Não disfarça, nem tão pouco do dosa pílula.
Intoxica-me com espécie de remédio amargo, ministrado sem dó...
Idade, verdade, vaidade...
Tudo ali, exposto, visível na mesma face, que um dia fora menina, ainda assustada com as primeiras espinhas, a observar rugas, detalhes, contornos.
Devaneios seguindo viagem ao passado, capaz de afirmar ser a menina ali escondida, espiando a mulher madura, vivida...
O tempo não volta, segue sempre adiante, escreve histórias, marca território, guiado por rotas e sinais, que tornam-se evidencias no reflexo do espelho...
Imagem do caminho feito, das escolhas, acertos e erros...
Ah! Senhor Espelho!
Por quem me tomas?