Confissões

Rogo aos Deuses uma nova alma que não desista de seguir...

Os fracassos do meu passado e a culpa ainda permanecem arraigados dentro de mim, que me impedem de levar a vida sem auto punir-me.

Sinto que a felicidade é um estado que nunca me pertenceu realmente... Então o peso da culpa me impulsiona a viver a margem da minha própria vida permeada de angustias,dor...

Temo que o passado se reproduza, se repita, mais uma vez...

Aqueles que tinham o papel de proteger e cuidar, o que seria suficiente para me tornar uma pessoa mais segura; falharam nos momentos mais importantes da minha existência.

No lugar da ingenuidade ficaram a revolta, a dor, a culpa, o vazio, que me fizeram cair dentro de um abismo profundo da minha consciência.

Aprendi a utilizar máscaras para sobreviver dentro da tempestade que se alojou em minha alma.

Quem me vê, não me enxerga, não percebe o vazio e a tristeza em meu olhar.

A minha essência se foi no dia em que perdi a posse sobre meu corpo, no dia em que instalaram a escuridão em meu coração e garantiram um futuro sombrio.

A minha única saída foi criar um mundo irreal, imaginário, em que sempre que ameaçada pudesse fugir, para que a loucura não se instalasse em meu ser...

Porque a destruição da minha alma havia chegado antes mesmo da minha vida começar.

Morri por dentro quando me vi sem saída a não ser aceitar o meu destino já traçado, pois não poderia expor meus medos para ninguém, e isso tudo ainda me aterroriza, me deixa acuada e sem chão.

Então a dor se tornou insuportável para lidar, vencer e superar, pois fui invadida no que era mais de precioso...

A minha alma...

Fê Oliveira
Enviado por Fê Oliveira em 30/09/2013
Reeditado em 12/04/2016
Código do texto: T4505382
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