22 meses
22 meses.
Quando as cortinas abriram-se, o teu sorriso iluminou o meu dia, a minha tarde, o meu dia.
Ficarias em meu lugar?
Ou estarias em um estado de louco, apaixonado…
Longe da tua presença perguntava a meu íntimo, que farias.
Que farias?
Os meses foram acumulando-se e nos entregaram as vestes da nossa sintonia.
Mas, ao observar mais a luz da lua, fico a imaginar o quanto te amo, e as datas vão lapidando este sentimento e me coloco em um patamar de eterno apaixonado.
A tua face, com olhar reluzente ao anoitecer, brilha na raridade de qualquer superfície desabitada. São os reflexos que partem deles, que ofuscam os meus quando me sinto na superfície do teu abraço, parece me levar a uma região desconhecida.
Porém, nenhuma superfície é mais forte que os nossos momentos,
cheios de cumplicidade, trazendo o alicerce para o que está para acontecer.
Do afeto, a compreensão para o laço que nos une segue pela atmosfera da nossa harmonia.
É possível caminhar por toda a beira da praia e os assuntos não se distraírem com as ondas, tamanho diálogo e companheirismo, preenchendo o nosso dia.
Os átomos, que se interligam, expandem no ambiente a suavidade da tua voz.
E ouvi-la é sempre a oportunidade de que venhas iluminar o meu dia, a minha tarde, o meio dia…
Debaixo das árvores que os pássaros se alojam ao entardecer já pude recitar um poema para ti.
Os pássaros, querendo acompanhar aquele instante, devem ter pensado como eu, que farias.
Que farias?
Acho que aquela leitura foi tão marcante, até hoje relembro a reação no teu semblante…
Na emotividade, ela transita feitos os acordes das mesmas músicas de que gostamos.
Das leituras que trazem em cada página uma superfície inteira de conhecimentos.
E, no despertar das surpresas e sorrisos, deixo em versos livres cada expressão marcante, cada declaração nas esquinas com rosas extraídas para me presentear, cada caminhar…
Na sintonia poética das horas que se unem diariamente, estão presentes os nossos meses, esses 22 meses.