C’EST LA VIE

Uma louca, sede e fome de verdades, acorda, reza, malha três horas todos os dias,
aeróbica, abdômen, localizada e nada! E de longe sempre um homem, dois, seis...
mesmo número, ou mais, de lésbicas também a lhe observar...a louca ri de si, no espelho.
Um dia se produz, quer causar nas malhas da moda, no outro dia, largada, nem se viu,
acordou com vontade de mandar todos para a puta que pariu e sorriu de novo no espelho,
quando percebeu que um pé tinha meia, outro não, cabelos preso de qualquer jeito,
camiseta amassada, mas toda perfumada, cheirosa ela!
E aquelas pessoas sempre olhando, não têm o que fazer, não?
Bem, chega por hoje, estou sugada, literalmente!
Voltando, minha cachorra espera para um passeio na praça, aquela, bem sem graça,
sem grama, sem flores, toda cagada de bosta de cachorros e moradores de rua,
que cultura tem este Brasil!
Mais uma vez, aquela vontade de mandar para..., bem, vocês bem sabem, né?
Pois é, acho que vou tomar café, já que tomei outras coisas neste passeio tão legal,
minha cachorra se diverte, sorte dela ser uma cadela, será sempre donzela,
é castrada, ô coitada! Por que será que a dona é louca? C'est la vie, claro!
Depois do café, uma leitura rebuscada, antes do banho e trabalho, é, meu caro,
rebusquei alguns momentos desta passagem, estou me identificando nos contos,
nem te conto, que viagem! Estou lendo o livro "Reminiscências", já leu?
Recomendo, muito bom, estou viajando nele.


Regina Zamora