A frustração do corpo físico.

Em relação ao corpo nada vai bem, o olhar no espelho meio de canto, a roupa maior do que realmente precisa estar, apenas o olhar necessário para sair e seguir a rotina do dia a dia. Sempre foi um sofrimento ir para festa, e quando ia o incomodo era total, a beleza do espelho, aquela mostrada ali fisicamente era insuportável e claro que reflete por onde ainda teimo passar.

Duas semanas atras foi feita mais uma unica e com certeza a ultima tentativa e voltou tudo, toda aquela felicidade de receber um bom dia, de conversar no horário de almoço, de capotar de tanto conversar. Há 15 dias atras voltou por uns momentos a felicidade de poder acompanhar alguém no seu dia a dia mesmo longe e saber que está pessoa está andando em alguma rua da cidade, está parado em algum ponto de ônibus. Sim, ela existe!

Foram dias com novidades recentes e sentimentos maravilhosos, mais o medo do olhar a foto de corpo permeava aquela vida ainda muito confusa, foi o tempo máximo para esconder o que todo dia era visto no espelho, com aquele mesmo canto de olho e então foi exposto para quem quiser ver a foto escondida da ultima pasta do computador.

Obvio que o efeito foi negativo e o efeito da dor aumentou quando aquilo que há tanto tempo estava escondido foi rejeitado e de novo mal amado.

Entenda como quiser, pedaços de pele que um dia nem vão existir, pedaços de órgãos que talvez pare de funcionar. Pedaços de um físico. Ainda não há certa explicação para entender a rejeição devido a um pedaço de pele, evitando o que há por dentro.

Então adeus 15 dias, prometo que dessa vez será a ultima, o corpo vai fechar e ficara lá para quem quiser ver de novo a rejeição de um corpo físico, de uma pele caída daqui 50 anos. E o resto? Qual resto? isso não existe!

Gabriela Carvalho
Enviado por Gabriela Carvalho em 26/09/2013
Reeditado em 26/06/2020
Código do texto: T4499664
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