NAS MÃOS DO OLEIRO.
E o que tem os olhos além das lágrimas
mornas e teimosas?
O olhar sem esperanças?
O que tem a boca além do fel e da mudez permitida?
O grito preso?
E o que tem os olhos além das lágrimas
mornas e teimosas?
O olhar sem esperanças?
O que tem a boca além do fel e da mudez permitida?
O grito preso?
O que tem as mãos magras e envelhecidas?
O vazio?
O nada?
O desprezo?
O que tem o coração que bate solitário?
A dor da despedida?
A solidão?
O medo?
Que tem pés que no caminho pisam lama e espinhos?
A porta incerta?
A rota perdida?
O desespero?
O que tem o corpo que anda vagando sem rumo, sem destino?
Uma alma contrita?
Um espirito quebrantado?
A lembrança ressecada e dolorida
Do barro que foi feito?
A dor da despedida?
A solidão?
O medo?
Que tem pés que no caminho pisam lama e espinhos?
A porta incerta?
A rota perdida?
O desespero?
O que tem o corpo que anda vagando sem rumo, sem destino?
Uma alma contrita?
Um espirito quebrantado?
A lembrança ressecada e dolorida
Do barro que foi feito?