ESTÚPIDO INSTINTO
Quanta ferocidade existe no estado da fera,
Quando se pode escorrer por dentro de suas vísceras,
Visceral, se se visse na verdade o rogo da vicissitude que se derrama quando se exclama,
Menor seria a força da correnteza do mar;
Do que o peso das correntes que se arrastam quando se ousa querer se movimentar.
cáustico, sarcástico, corrosivo e impiedoso.
Nem o navio rebocador é capaz, as âncoras arrancar.
Quando rio, sorrio do rio que carrega as águas turvas de um ego que pudera imaginar bondoso.
Dardos peçonhentos, sutis e ou aterrorizantes em todas as direções da rosa dos ventos,
Nem mesmo o menor lamento...
...Lamento, Lamento, mas todo lamacento em meio à lama deste ou doutro entorpecido momento?
Fétido, em torno do torno que torna a entortar, mas não quebra,
Necessário se faz nascer de novo, ou estabelecer uma nova regra?
No momento do féretro, percebe-se o quanto se é fraco a se ver forte,
Na hora da morte, lembra-se de um tempo em que se via um menino,
Franzino, mas que pensava pudesse voar,
Tão frágil, mas mais ágil do que um pensamento, e de um leve piscar.
Ecos, becos e botecos;
Labirintos...
Reflexos de um estúpido instinto
de um ego que precisa morrer
Que precisa ser mais preciso para merecer renascer.
PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)
200913