ESTÚPIDO INSTINTO

Quanta ferocidade existe no estado da fera,

Quando se pode escorrer por dentro de suas vísceras,

Visceral, se se visse na verdade o rogo da vicissitude que se derrama quando se exclama,

Menor seria a força da correnteza do mar;

Do que o peso das correntes que se arrastam quando se ousa querer se movimentar.

cáustico, sarcástico, corrosivo e impiedoso.

Nem o navio rebocador é capaz, as âncoras arrancar.

Quando rio, sorrio do rio que carrega as águas turvas de um ego que pudera imaginar bondoso.

Dardos peçonhentos, sutis e ou aterrorizantes em todas as direções da rosa dos ventos,

Nem mesmo o menor lamento...

...Lamento, Lamento, mas todo lamacento em meio à lama deste ou doutro entorpecido momento?

Fétido, em torno do torno que torna a entortar, mas não quebra,

Necessário se faz nascer de novo, ou estabelecer uma nova regra?

No momento do féretro, percebe-se o quanto se é fraco a se ver forte,

Na hora da morte, lembra-se de um tempo em que se via um menino,

Franzino, mas que pensava pudesse voar,

Tão frágil, mas mais ágil do que um pensamento, e de um leve piscar.

Ecos, becos e botecos;

Labirintos...

Reflexos de um estúpido instinto

de um ego que precisa morrer

Que precisa ser mais preciso para merecer renascer.

PEDRO FERREIRA SANTOS (PETRUS)

200913

Petrus
Enviado por Petrus em 20/09/2013
Reeditado em 25/03/2014
Código do texto: T4490992
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