Uma carta de Fred : " Oh Sweet Lorraine "

O mundo é repleto de histórias, sentimentos, alguns escancarados outros tão implícitos, porém não menos intensos que o primeiro. Assisti ao vídeo “uma carta de Fred”, e fiquei a refletir sobre os motivos para que casos assim nos emocione ou impressione.

Não são os números, bastante expressivos por sinal – 75 anos de um amor, não são as fotos repletas de carinho, é mais que isso. Talvez seja apenas a verdade de um sentimento tão puro.

Mesmo sem conhecer intimamente o relacionamento ou a índole das pessoas envolvidas, somos levados a crer na perfeição do amor, na cumplicidade, na entrega, no companheirismo de uma vida toda.

E penso que é exatamente neste tipo de amor que devemos acreditar. O amor que une as pessoas facilitando superar as falhas em prol das virtudes certamente existentes. Tão importante quanto apreciar a companhia do outro, e torná-lo ciente deste apreço, deste bem querer. Quanto se perde ao calar-se?

Que nenhum amor se cale por conta de orgulho vazio ou por inseguranças tolas, que seja sempre cantado, declamado, recitado e estampado no olhar. Dores virão talvez, mas lembremos que a vida também começa com dor e que o crescer pode trazer dor, mas sobrevivemos.

Melhor viver e um dia recordar do que o vazio amargar.

Quero acreditar que a “doce Lorraine” de Fred tenha partido com a total certeza deste amor dentro de seu coração.