Palavras que não são minhas
Hoje eu me encontro em minha mesa
Onde esparramo sobre ela idéias
Minhas dores e alegrias
Enfim, tudo!
E quando meus olhos secam-se
Não me encontro em minhas palavras
Logo percebo, perdi-me em mim.
Perdi o egoísmo e libertei o romantismo
Mas como um pombo
Que ao menor movimento meu
Alçou voo desesperado
Medroso.
Vai, voa!
Realize seu ato medroso
E ao mesmo tempo corajoso
Foge de mim
Mas enfrenta a tempestade.
Seria eu, pior que a tempestade?
Não, sou apenas o sonho
De um simples menino
Que chora
Por não ter com quem
Dividir seu amor