COISAS DO OLHAR - Republicação
No início da madrugada de 13 de setembro de 2013
O terceiro parágrafo, agora na manhã de 13 de setembro de 2013)
Surpreendo em foto minha, de menina, um olhar perdido na distância, talvez a ver pessoas e paisagens das quais ela, minha menina, jamais me contou nada.
Aquela menina via longe, enxergava as coisas invisíveis. Hoje, olho de muito perto as coisas visíveis e não enxergo nada, ou melhor, daria tudo para não ser capaz de enxergá-las em tanto que vêm, já há muito tempo, mostrando-se ao olhar.
Pudesse estar, um pouco que fosse, à distância das coisas visíveis, quem sabe conseguisse vê-las com alguma nitidez.
Texto de 31 de agosto de 2011.