O TEU ABRAÇO

NA MANHÃ DE 12 DE SETEMBRO DE 2013

Na verdade, tudo de que eu precisava era do teu abraço, era de que acalentasses no teu peito a infeliz, apavorada criança desta mulher sem rumo, sem direção, sem saídas para caminho nenhum. Que acalentasses no teu peito esta mulher sem Sol. Ah, e digo “precisava”, "era" “acalentasses” porque não tenho direito a verbo qualquer no tempo presente. TUDO, TUDO, TUDO NA MINHA VIDA, A COMEÇAR PELAS PALAVRAS, SE TORNARAM INTERDIÇÕES. TUDO NA MINHA VIDA SÃO SÓ INTERDIÇÕES. Ainda bem que não lerás isso, mãe. Perdoa-me. Perdoa-me, minha e tão somente minha mãe (nós fomos esquecidas). Perdoa-me tu, também.