QUEM SOU EU?

É engraçado pensar nessa pergunta diante das atuais situações da minha vida. Quando penso nessa pergunta só me vem uma certeza na mente estou ainda bem longe de ser quem eu quero ser. No entanto isso não me desanima, acredito de maneira positiva e tenho certeza que de maneira benéfica o tempo desempenhou muito bem o seu papel, pois quando olho para trás consigo notar o grande progresso que fiz.

Nasci em uma cidade do estado do Pará, meus pais tem origens nordestinas pessoas simples de boa moral que me ensinaram que é necessária coragem para superar todos os obstáculos que a vida nos coloca. Poderia ser bem fácil prever a minha vida dali por diante, era só olhar para os outros membros da minha família.

No entanto, havia algo diferente naquela garotinha. Ela olhava pela janela do quarto e ninguém a convencia que o mundo era só aquele ali. Era muito pouco apenas me conformar que aquele seria o único mundo que conheceria, ela queria mais... Bem mais!

Quando lia em seus livros ou via nos filmes todas as aventuras dos personagens, achava injusta a vida que via dali tão parada.

Quando por fim tomou coragem de fazer tudo o que gostaria ela saiu para viver as suas próprias aventuras e ela as viveu, em pleno sentindo da palavra viajou, conheceu lugares, conheceu pessoas, chorou, sorriu, fez amizades, se apaixonou , brigou, acreditou que fosse para sempre e teve o seu coração machucado. Foi então que ela pensou em desistir, mas logo então aprendeu que na vida não é como nos filmes ou nos romances que havia lido, na vida real também existem dias nublados, dias de tristeza, que sentimos falta daquilo que o dinheiro não pode comprar. Foi então que ela aprendeu a viver e aproveitar os momentos bons, visto que sabia por experiência própria que um dia eles passam. E a não se esquecer dos momentos ruins por que são eles os professores na escola da vida.

Suas aventuras foram boas, ela viu o mar antes visto só pela televisão e notou que a imensidão azul é descrita apenas como imensa e azul e ponto final nada mais.

Ela sentiu saudades, teve medo de perder aquela doçura que antes abundava em qualquer sorriso inocente, ela aprendeu que muitas vezes é necessário mascarar a dor para proteger o coração.

Depois de ter visto o mundo daquele jeito ela então sentiu saudades, de olhar o mundo com o mesmo olhar de antes, na verdade ela sentiu vontade de olhar pela mesma janela da casa simples antes tão pequenina. Ainda seria possível? Ela então se perguntava. Não! Pois não era o mundo que havia mudado, a mudança estava em seus olhos e na maneira dela olha-lo.

Ela então decidiu voltar, pois se deu conta que o mundo por mais bonito que seja não é bonito quando estamos sozinhos e para a sua simplicidade ela retornou... Com o coração cheio de coisas diferentes, com o coração cheio de amor.

Em partes a mesma garotinha de antes em partes uma mulher que ela ocultou encontrada apenas em suas lembranças a única coisa que ela levou!

Josy Souza
Enviado por Josy Souza em 11/09/2013
Código do texto: T4476781
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