SE ESCRITAS HOJE, DE HÁ 20 ANOS...

NA MANHÃ DE 09 DE SETEMBRO DE 2013

Se certas coisas que escrevias há 20 anos, escritas que, naquele tempo, eram puros retratos de tua alma, hoje sejam repetidas, reiteradas como linguagem, SÓ COMO LINGUAGEM, existe alguém mais tola do que eu neste mundo? Simplesmente, não há ninguém. De todo modo, na minha vida tudo são sempre hipóteses e neblina, mesmo. Ai, Senhor meu Deus!

Por isso, também por isso, tudo em mim grita: VOU PARTIR. PRECISO PARTIR. Vou partir, mesmo sabendo que não consigo partir jamais. Nada posso dizer de ti. Sei o que posso dizer de mim, ao menos diante de mim. Sei também os porquês do que me posso dizer. Cada um dos meus porquês. Posso reduzir tudo nisso: NUNCA ESQUEÇO NADA, DESDE A MÍNIMA COISA. NÃO HÁ NENHUM PODER DE ESQUECIMENTO EM MIM. Que posso fazer? Eu sou assim. NÃO ESQUEÇO NUNCA NADA, ASSIM COMO NADA COMPREENDO, NADA, NADA, NADA. Sei também que nada do que faço, escrevo, digo, é compreendido no que é. Sei que é tudo entendido ao avesso do que é. Uma espécie de eterna maldição.

Afinal, o que há, o que sempre houve? Desencontro sempre de linguagem? Só de linguagem? VIVER É DANTESCO, SENHOR!