Quero ter um filho
Sim, uma baita duma exposição pessoal essa revelação. Para alguém como eu, que preza pela discrição da vida pessoal nas redes sociais, publicar isso num “facebook” da vida é inadmissível.
Mas a verdade é que eu quero ter um filho. Mais que qualquer outro desejo que tenha na vida, mais até que meu grande sonho profissional, meu desejo desde sempre foi ter um filho.
E à medida que vamos chegando mais perto dos 30, parece que o corpo começa a aprender a falar (falar mesmo!), gritar. Dizem que são os hormônios.
Mas antes de ter um filho, quero, preciso, necessito (quem não?) de um amor. Um companheiro. Um em quem eu possa confiar plenamente. Alguém com quem eu possa ser eu mesma. Alguém com quem eu possa rir, sair para caminhar, tomar um sorvete, comer um lanche, assistir a um filme. Alguém para quem eu possa gritar do banheiro: “Me traz uma toalha, por favor?!”.
Alguém para dividir a vida. Alguém com quem eu possa me encontrar no fim de um dia cansativo de trabalho, e deitar no colo, e contar as novidades, e fazer uma janta e deliciarmos juntos uma sopa, um prato de arroz e feijão, ou até mesmo um pão com manteiga... O que quer que seja. Alguém para me desejar um bom dia. Alguém para quem eu possa ligar no meio da tarde sem pensar: “Será que eu posso? Será que vai parecer que estou pegando muito no pé?”. Poxa, alguém para quem eu possa dizer com todas as palavras EU TE AMO! E não ter medo disso, não ter vergonha, não ter receio. Alguém por quem eu realmente sinta um imenso amor. Alguém que seja para a vida inteira.
E claro, que esse alguém seja um bom PAI! Imprescindível. Eu sempre, em toda vida reparei em como meus prováveis pretendentes se saiam com as crianças da família. Se não gostar de criança, nem chegue perto de mim.
Afinal, o que vale ter seu sonho profissional realizado, tornar-se uma profissional reconhecida, valorizada se não tiver com quem compartilhar? O que vale tudo isso, se ao chegar numa certa idade não ter um filho, um neto, para contar, para sentar na beira de uma cama e espalhar as fotos por lá e mostrar, e contar histórias?
De que vale ser uma pessoa bem resolvida profissionalmente se não tiver a família para sentir orgulho de você?
Maior que meus sonhos profissionais (e olha que eles são grandes!) é meu sonho de casar e ter filhos! Pronto, falei. Talvez muitos não me compreendam e até me critiquem, me achem antiquada. Mas sabe... “Tô nem aí”! Em pleno século XXI me orgulho de ser uma moça para casar!