Caçadas de Zé Bedeu.
Inspirado na crônica Bicão.
Do famoso escritor das Gerais Só LáLa.
Então, depois de ler o texto do amigo, deu uma vontade doida de caçar uma pintada.
Desci ao porão, peguei cantil e o apito de chamar pintada.
Olhei pra minha espingarda, uma ponto cinquenta,pensei comigo mesmo e se na hora H, esse danado me deixa na mão, vai ser um estrago.
Relevei, pois falhas estamos sujeito.
Mas por vias da duvidas, enchi o cantil de jurubeba leão do norte.
E pus me a farejar as pegadas de uma pintada.
Dizem que elas gostam de sair a noite, atras dos viados.
E la fui eu, pé ante pé sem fazer barulho, sem me anunciar.
Mas nada disso deu resultado, pois ao dobrar uma esquina, quase que me borrei, igualzinho ao bicão, quando senti as unhas em minhas costas
E já que tinha sido a caça, virei para traz para o ultimo suspiro.
Foi quando escutei o sussurro da baita
pintada.
_ Seu Zé, o Senhor a uma hora dessa aqui.
Era a Ritinha, mulher de respeito das minhas bandas, só de dia.
Por que a noite, diziam as ma línguas que vivia a caçar vaga lumes.
Pego de surpresa pela pintada, não podia jogar a culpa no amigo la das Gerais.
E foi ai que tive que rezar pela cartilha do credo deitado.
Ajoelhou, tem que deitar, mesmo pelo cheiro sentido e sabedor
da merda que viria por trás.