"Tudo, afinal, são formas..."
Não existe beleza, nem feiura, existe apenas a maneira como cada olhar percebe as coisas no mundo. O que estamos acostumados e o que não estamos acostumados a ver.
Temos a mania de nos prendermos ás normas criadas por nós, normas estas quando obsoletas são automaticamente também desfeitas por nós. Os conceitos nos prendem e os preconceitos nos vicia.
Já dizia o sabido Buda: "Somos reflexo do que pensamos". E na maioria das vezes o que pensamos não praticamos. Também praticamos sem pensar. Como bem dizia o Carl Jung: "Tudo depende da forma como olhamos as coisas no mundo, e não de como elas são em si mesmas".
Os conceitos sempre tomam o lugar daquilo que verdadeiramente é. Se à "algo" não é atribuído um conceito, esse "algo" torna-se um "nada". Embora não saibamos a verdade absoluta sobre nada, isso pode ser contestável porque até o "nada" pode ser alguma coisa. Essa "coisa" não poder ser conceituada como "belo" ou "feio", mas os conceitos o fazem ser assim, pelo simples fato dos olhares não estarem acostumados a verem como realmente as "coisas" são.
O mais engraçado é que mal sabemos o que verdadeiramente somos, porque o que somos não cabe em um único conceito, nem em múltiplos conceitos. Tudo isso é muito complexo, mas pode ser também muito simples, isso vai depender da maneira como nos colocamos no mundo. Vivemos no mundo, fazemos o mundo e ao mesmo tempo somos parte do mundo, ou o próprio mundo em si.
Mario Quintana já dizia: "O Belo e o Feio, o Bom e o Mau, a Dor e o Prazer... tudo, afinal, são formas e não degraus do Ser!"