Um mundo onde
Um mundo onde as regras parecem estar todas pré-estabelecidas para perpetuação da mesmice, para a continuidade do que já aqui está, para a sustentação do estado político, econômico e (in)social, onde desejar ser diferente fere os escrúpulos da maioria, onde levantar a voz contra o estabelecido é ser logo tachado de anarquista ou irresponsável, onde a maioria se curva por interesses diversos, por medos insanos, por inação desumana ou por falta total de respeito pelo semelhante, um mundo onde o egoísmo, a falsidade disfarçada em aparente respeito humano, onde a estupides humana nos faz crer que nada podemos fazer, e assim, que é justo aproveitar o que consegui, sem a necessidade de me preocupar necessariamente com os excluídos, é um mundo malévolo, desumano, irresponsável em seu comportamento, mas este é o mundo que ajudamos a manter, é o mundo que oferecemos para nossos filhos. Um mundo onde as máscaras são coisa comum, onde a ditadura da maioria disfarça uma democracia, onde o menosprezo a vida dos outros é marcante, onde nossa prepotência nos distância do lado humano e nos coloca frente a frente com nosso lado desumano, é o mundo no qual nos calamos e damos graças a deus por ele. Enquanto crermos que estamos aqui apenas de passagem, que nosso destino é fora daqui, que somos a imagem e semelhança de algum deus, nos acharemos perfeitos, senhores de tudo o que aqui existe, e que tudo podemos nesta natureza, até mesmo destruí-a, pois que o mesmo que nos criou sabe para onde estamos caminhando e não permitirá que destruamos a nós mesmos.
Como posso ser prepotente nesta assertiva? Não se trata, neste caso, de prepotência nenhuma, basta olhar o mundo com olhos abertos. Basta ler a realidade do nicho humano neste planeta. Eu sei que sou míope, biologicamente míope. Será que minha leitura deste mundo também está míope? É impossível que somente eu veja o estado de nossa sociedade, a vergonha humana de nosso viver em sociedade, uma política imunda, um econômico desumano, um estado que segrega, exclui, que é de toda forma preconceituoso. Somos um bando de pessoas divididas em grupos que se acham humanos. Somos o reflexo de nossa própria prepotência. Somos os piores seres, pois que armados de inteligência maior, destruímos a nós mesmos e ao nosso planeta.
Sou alguém que quase um ninguém é. Sou um reles revoltado, que se expõe em parte, mas que em outra parte não se veste de revolucionário e sai a luta por uma causa mais humana e social. Sou um irresponsável quando não me revolto por inteiro contra o que aqui está. Acreditar que alguma transformação séria ocorrerá de livre e espontânea vontade, que aqueles que se locupletam deste estado de coisas abrirão a mão de bom grado, é o mesmo que crer que basta orar para que todos sejam salvos, quando no fundo a maioria somente está mesmo preocupada, se está, é com sua própria salvação.
Um mundo onde as regras parecem estar todas pré-estabelecidas para perpetuação da mesmice, para a continuidade do que já aqui está, para a sustentação do estado político, econômico e (in)social, onde desejar ser diferente fere os escrúpulos da maioria, onde levantar a voz contra o estabelecido é ser logo tachado de anarquista ou irresponsável, onde a maioria se curva por interesses diversos, por medos insanos, por inação desumana ou por falta total de respeito pelo semelhante, um mundo onde o egoísmo, a falsidade disfarçada em aparente respeito humano, onde a estupides humana nos faz crer que nada podemos fazer, e assim, que é justo aproveitar o que consegui, sem a necessidade de me preocupar necessariamente com os excluídos, é um mundo malévolo, desumano, irresponsável em seu comportamento, mas este é o mundo que ajudamos a manter, é o mundo que oferecemos para nossos filhos. Um mundo onde as máscaras são coisa comum, onde a ditadura da maioria disfarça uma democracia, onde o menosprezo a vida dos outros é marcante, onde nossa prepotência nos distância do lado humano e nos coloca frente a frente com nosso lado desumano, é o mundo no qual nos calamos e damos graças a deus por ele. Enquanto crermos que estamos aqui apenas de passagem, que nosso destino é fora daqui, que somos a imagem e semelhança de algum deus, nos acharemos perfeitos, senhores de tudo o que aqui existe, e que tudo podemos nesta natureza, até mesmo destruí-a, pois que o mesmo que nos criou sabe para onde estamos caminhando e não permitirá que destruamos a nós mesmos.
Como posso ser prepotente nesta assertiva? Não se trata, neste caso, de prepotência nenhuma, basta olhar o mundo com olhos abertos. Basta ler a realidade do nicho humano neste planeta. Eu sei que sou míope, biologicamente míope. Será que minha leitura deste mundo também está míope? É impossível que somente eu veja o estado de nossa sociedade, a vergonha humana de nosso viver em sociedade, uma política imunda, um econômico desumano, um estado que segrega, exclui, que é de toda forma preconceituoso. Somos um bando de pessoas divididas em grupos que se acham humanos. Somos o reflexo de nossa própria prepotência. Somos os piores seres, pois que armados de inteligência maior, destruímos a nós mesmos e ao nosso planeta.
Sou alguém que quase um ninguém é. Sou um reles revoltado, que se expõe em parte, mas que em outra parte não se veste de revolucionário e sai a luta por uma causa mais humana e social. Sou um irresponsável quando não me revolto por inteiro contra o que aqui está. Acreditar que alguma transformação séria ocorrerá de livre e espontânea vontade, que aqueles que se locupletam deste estado de coisas abrirão a mão de bom grado, é o mesmo que crer que basta orar para que todos sejam salvos, quando no fundo a maioria somente está mesmo preocupada, se está, é com sua própria salvação.