Ainda idólatra (Poesia Filosófica)
Peço mais uma dose, renitente.
Onde mais ei de refugiar os meus medos,
Senão na água-ardente?
Bebo mais, insistente!
Bebo para aliviar os pensamentos.
Alieno a minha mente.
O Álcool torna-se quase uma religião,
Confortante como tal.
Sim, religião,
O bar é a igreja que me acento
Me conforta, me aliena,
E como religião
Pro garçom dou dez porcento.
Embriagado, me ligo
Ao mundo Meta-físico, Mágico,
Espiritual, Quase até 'ideal'.
Seria 'ideal' se não fosse trágico.
Tragédia, eis o sub-título da vida.
Faço-me hipócrita,
Prego a liberdade dentro de minha própria cela.
Será que um dia deixarei de ser totalmente idólatra?