Qualquer Pessoa é Capaz de Matar
Vendo as barbáries no sangue pelas vestes de crianças, inocentes indefesos em terras de guerras e injustiças onde o mal faz seu castelo, penso e pergunto:
1. Qual inteligência abafa um disparo de fuzil nos ecos da morte a todo instante ?
2. Qual curativo estanca o ódio espalhado junto as dores de pais enterrando filhos impúberes, órfãos de esperança ao nascer ?
3. Qual remédio minimiza o tempo suspenso na fúria que se multiplica nos lares de civis que se transformam, porque é necessário, em mercenários, calando espadas em escudetes da amargura por ser gente?
4. Onde está o refúgio físico desse sofrimento ?
Por mais que eu viva, nada vai apagar em minha memória a cena que vi de um pai segurando o último suspiro de sua filha, morrendo sem culpa, sem dúvida, sem preparo, sem proteção... Sem o cérebro que lhe escorria pelo túnel deixado pelo rastro do metal servil nas mãos dos maus.