Quebrando
O mal é que há em mim uma lacuna que grita. Nada vazia. Não há falta nela. Apenas uma pequena, quase imperceptível falta. Na verdade, é que de tão cheia, desassossega, me desassossega...
Uma completude completamente incorreta perdura.
E o que falta ali é pouco mas pesa. O completo é pouco, peço mais.
De tão pequenina falta em meio desse tão completo espaço, sua sutileza crescente me quebra o corpo. E essas sobras de mim não são eu.
Quebro-me, metáfora. Quebro-me, recortes. Quebro-me, papéis. Quebro-me, em branco. Quebro-me, palavras. Quero-me. ]
Quero-me, inteira.
E enquanto vôo, pedaço de mim desconcertada, meu corpo é tocado agora. E assim, sinto meus olhos depirem-se no mais apreciar de uma voz entornada na calmidade, é melodia... Que me invade os pensamentos. Eu vou....