INDUSTRIA DE HOMENS DEMENTES

Aprendi, que o simples é charmoso.

Uma foto comum, poderá ser vista em qualquer canto da casa

sem que você precise de uma tomada, bateria, ou qualquer outro acessório, apenas os olhos e a mente. Parei pra imaginar, o quanto de sensações estão contidas numa mera foto, música, cheiro e por assim vai... Ainda bem que estou desacelerando meu lado tecnológico, a cada dia, procuro usar menos aparelhos e mais minha mente, mas confesso, que não é fácil. Eles se comportam como extensões do nosso corpo, já possuem funções "quase" vitais. Voltei a olhar para o sol se pondo, uma flor que insiste brotar, em meio a poluição, um pássaro, cachorro, uma nuvem. Sinto falta do meu passado, ou das sensações que ele me trazia, onde tudo parecia mais real, sem se esquecer que não era perfeito, mas com a certeza, de que havia mais calor humano. Esta nostalgia não está ligada ao desejo de voltar atrás, e sim de voltar a ser mais próximo de pessoas, tendo conversas francas, num tempo onde todos tinham mais defeitos. O virtual está dentro de nossa sala, convivendo conosco já algum tempo, e isso não tem volta. Creio que cabe a nós, zelar por nossas identidades, a fim de não nos perdermos, nesta sociedade industrializadora de seres humanos.

RRSabioni
Enviado por RRSabioni em 27/08/2013
Reeditado em 27/08/2013
Código do texto: T4453923
Classificação de conteúdo: seguro