Tempestade

Cada gota que caía lá fora, era como minhas lágrimas.

Aliás, todos os dias tem sido assim.

Quando pego o álbum de fotografias, queria poder tirar o pó que iria ter se tivesse guardado.

Mas não há, porque a saudade faz-me agarrá-lo todos os dias.

Quando amanhece vou correndo até a janela tentando achar uma flecha de luz.

Mas a chuva está cada vez mais forte, e dessa vez veio seguido de um terremoto.

Terremoto pra limpar tudo o que há de ruim.

Pra limpar tudo o que estava obscuro e trazer tona a luz.

Pra limpar toda podridão.

Ouvi dizer que depois da tempestade vem sempre a calmaria.

Mas não é isso que o tempo me diz.

Meus lábios tentam sussurrar seu nome.

Meus olhos tentam encontrar o arco-íris.

Meus ouvidos tentam poder te ouvir.

Mas a chuva não acalma...

Você me disse que quer tomar banho de chuva, mas está frio.

Você me disse que queria jogar na chuva, mas os raios n deixam.

Você me disse que queria brincar no barro, mas há caco de vidros.

E de repente estou aqui, na solidão.

Não consigo me recompor, e continuo ouvindo a chuva.

Os sentidos de repente mudaram..

Quem amava a chuva, passou a odiá-lá.

Pois faz frio e já não há ninguém que me proteja.

Cada gota que eu ouvia, era uma lágrima que corria.

Cada raio que caia, uma explosào de sentimentos eu sentia.

Cada trovão, uma onde de choque.

Foi então que aprendi a dançar na chuva...

Ingrid Schalenberger
Enviado por Ingrid Schalenberger em 26/08/2013
Reeditado em 03/02/2014
Código do texto: T4453190
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