Divagações de uma madrugada qualquer
As vezes acho que estou louca. Mas loucura pouca é bobagem.
Perco então o controle sobre os meus pensamentos. Tudo dentro de mim se mistura e exteriorizo de alguma forma o que deveria ficar apenas aqui dentro.
Lágrimas são detalhes nem um pouco insignificantes. São pedaços da dor escorrendo pelos olhos. Se não posso gritar, posso ao menos chorar. E um pouco de alivio sinto.
Quis tanto ter alguém no auge de meus desesperos, um alguém qualquer, mas sincero, que pudesse estar do meu lado, reconfortando-me. Mas tem gente que nasceu pra ficar sozinho. Pra ter ninguém, independente do papel que este alguém poderia interpretar em sua vida.
Deverei então, continuar me sentindo só. Deverei então, continuar sentindo um imenso vazio inexplicável e que jamais poderá ser preenchido de forma alguma.
Não há abraço. Não há consolo. Não há calor. Não há ninguém.
Apenas eu. Sozinha. E fim.