Pensamentos Sem Título II
Penso que de hoje em diante não haverá mais trégua. Testei, fiz várias experimentações, mas o fim apocalíptico sempre esteve à espera, e ele veio. Ele vem rompante, alucinante e dilacerante. A criança que sonhava ser herói, hoje quer ser apenas o sobrevivente. Testes e mais testes. Até onde irá meu limite? Quando terei coragem de admitir que não tenho capacidade? Quando eu estava na rua com o gélido sopro a 64 quilômetros por hora na face pensava que era uma poesia bonita que queria sair. Mas não foi. Foi um aborto mal sucedido de pensamentos natimortos que insistiram em tomar forma de vida. Desculpem-me se voltei tão cheio de escárnio, mas não se preocupem, pois eu sou o meu alvo.