Amo escrever
Eu amo escrever, alguns já devem ter percebido minha fraqueza pela escrita, assim a língua portuguesa é o meio formal que uso para tal. Apesar de gostar de nossa língua, amo acima dela a linguagem em si, nossa capacidade de expor, argumentar, concordar, discordar, manter uma discussão sadia ou não, apoiar, motivar, revolucionar. Esta maravilhosa adaptação ocorreu talvez por puro acaso da evolução, que permitiu uma nova especialização, uma adaptação fantástica, que foi para mim talvez o mais poderoso de todos os erros de cópia que deu certo. Possibilitou uma especialização única para aquele remotíssimo tempo geológico, que por si só nos dava uma vantagem substancial na corrida armamentista predador e presa, e nos éramos as presas, e permitia assim um algo a mais na nossa sobrevivência, e deste modo permitia que deixássemos mais descendentes vivos, e desta forma foi logo selecionada pela seleção natural, da não menos cega e natural evolução.
Foi a linguagem, esta especialização, e dela derivada a nossa capacidade de comunicação, agora com uma forma predicativa, cada vez mais complexa, que levou, ao meu pessoal ver, por um ciclo recursivo, de feedback positivo, que em conjunto possibilitou a seleção natural de cérebros cada vez maiores. Para este que escreve, foi a adaptação a uma capacidade de comunicação mais complexa, com uma linguagem cada vez mais complexa, o principal impulso recursivo para nossa evolução cerebral, muito mais que andar ereto, ou utilizar as mãos.
Entendo que o conjunto final da obra se reforçava mutuamente, mais habilidade manual, capacidade de locomoção com maior economia de energia, maior capacidade de convivência em grupos cada vez maiores, e a criação de primárias ferramentas, ajudaram na seleção recorrente de cérebros cada vez mais poderosos, mas continuo seriamente crendo que foi a especialização coordenada de capacidades físico-mecânicas que possibilitava domínio da produção sonora, com a habilidade de mentalmente criarmos formas cada vez mais complexas de linguagem, aquilo que foi o principal estopim para nossa crescente evolução mental-cerebral.
Assim, sem menosprezo aos amantes da língua portuguesa, devo meu maior respeito aos linguísticas em geral. Escrever e falar bem é importante sim, mas a comunicação em si é muito mais importante.
Tenho total consciência que estou longe de um domínio profundo da língua, mas me esforço em expor o que sinto, o que creio, o que penso, estando sempre aberto a novas formas de percepção, não significando isto que manter um estado de mente aberta constitua ter um buraco aberto na mente para absurdos.
Um exemplo clássico, estou aberto a entender exatamente o que seja a gravidade, pois hoje temos pelo menos duas teorias físicas que diferentemente abordam o tema, a relatividade com a deformação espaço-temporal e a quântica por meio do gráviton, mas estar aberto a possibilidade de que a gravidade não exista, que seja uma criação de minha mente, é um exemplo do que defino por absurdo. A gravidade existe, ela está aqui, estamos aqui somente porque ela existe, botar em dúvida sua existência é ignorar toda a realidade, definir o que ela é, sim, é outra coisa, ela pode ser uma das duas teorias, as duas, uma terceira, ou um mix destas três, ela pode até ser mais absurda ainda, a mera “sombra” de algo em uma dimensão acima da nossa.
Assim, me utilizo da linguagem, até mesmo para pensar, racionalizar e buscar alternativas, necessito da linguagem para expor o que penso, para debater, para discutir, para manter um debate, para concordar e discordar. Amo a física e a matemática, mas sobra um grande espaço para amar a linguagem, talvez sem ela, não estivéssemos aqui e a própria matemática e a física como estudo do que existe não existiria (pois a física em si sempre existiria, pois que a realidade física existe).
Viva nossa especialização, adaptação e seleção natural de algo como a capacidade de linguagens complexas.
Eu amo escrever, alguns já devem ter percebido minha fraqueza pela escrita, assim a língua portuguesa é o meio formal que uso para tal. Apesar de gostar de nossa língua, amo acima dela a linguagem em si, nossa capacidade de expor, argumentar, concordar, discordar, manter uma discussão sadia ou não, apoiar, motivar, revolucionar. Esta maravilhosa adaptação ocorreu talvez por puro acaso da evolução, que permitiu uma nova especialização, uma adaptação fantástica, que foi para mim talvez o mais poderoso de todos os erros de cópia que deu certo. Possibilitou uma especialização única para aquele remotíssimo tempo geológico, que por si só nos dava uma vantagem substancial na corrida armamentista predador e presa, e nos éramos as presas, e permitia assim um algo a mais na nossa sobrevivência, e deste modo permitia que deixássemos mais descendentes vivos, e desta forma foi logo selecionada pela seleção natural, da não menos cega e natural evolução.
Foi a linguagem, esta especialização, e dela derivada a nossa capacidade de comunicação, agora com uma forma predicativa, cada vez mais complexa, que levou, ao meu pessoal ver, por um ciclo recursivo, de feedback positivo, que em conjunto possibilitou a seleção natural de cérebros cada vez maiores. Para este que escreve, foi a adaptação a uma capacidade de comunicação mais complexa, com uma linguagem cada vez mais complexa, o principal impulso recursivo para nossa evolução cerebral, muito mais que andar ereto, ou utilizar as mãos.
Entendo que o conjunto final da obra se reforçava mutuamente, mais habilidade manual, capacidade de locomoção com maior economia de energia, maior capacidade de convivência em grupos cada vez maiores, e a criação de primárias ferramentas, ajudaram na seleção recorrente de cérebros cada vez mais poderosos, mas continuo seriamente crendo que foi a especialização coordenada de capacidades físico-mecânicas que possibilitava domínio da produção sonora, com a habilidade de mentalmente criarmos formas cada vez mais complexas de linguagem, aquilo que foi o principal estopim para nossa crescente evolução mental-cerebral.
Assim, sem menosprezo aos amantes da língua portuguesa, devo meu maior respeito aos linguísticas em geral. Escrever e falar bem é importante sim, mas a comunicação em si é muito mais importante.
Tenho total consciência que estou longe de um domínio profundo da língua, mas me esforço em expor o que sinto, o que creio, o que penso, estando sempre aberto a novas formas de percepção, não significando isto que manter um estado de mente aberta constitua ter um buraco aberto na mente para absurdos.
Um exemplo clássico, estou aberto a entender exatamente o que seja a gravidade, pois hoje temos pelo menos duas teorias físicas que diferentemente abordam o tema, a relatividade com a deformação espaço-temporal e a quântica por meio do gráviton, mas estar aberto a possibilidade de que a gravidade não exista, que seja uma criação de minha mente, é um exemplo do que defino por absurdo. A gravidade existe, ela está aqui, estamos aqui somente porque ela existe, botar em dúvida sua existência é ignorar toda a realidade, definir o que ela é, sim, é outra coisa, ela pode ser uma das duas teorias, as duas, uma terceira, ou um mix destas três, ela pode até ser mais absurda ainda, a mera “sombra” de algo em uma dimensão acima da nossa.
Assim, me utilizo da linguagem, até mesmo para pensar, racionalizar e buscar alternativas, necessito da linguagem para expor o que penso, para debater, para discutir, para manter um debate, para concordar e discordar. Amo a física e a matemática, mas sobra um grande espaço para amar a linguagem, talvez sem ela, não estivéssemos aqui e a própria matemática e a física como estudo do que existe não existiria (pois a física em si sempre existiria, pois que a realidade física existe).
Viva nossa especialização, adaptação e seleção natural de algo como a capacidade de linguagens complexas.