Amargo frio café
Meu fogão é velho, não tenho buli, e a água já está no final. Minha xícara quebrou na beirada, e não tenho biscoitos para te servir. Mas tudo bem, a gente dá um jeito. Vem comigo, vamos até aquele rio, vamos buscar água. A gente faz uma grande fogueira por aqui mesmo e esquenta nosso café. Mas não me venha com nada morno, sirva-me quente ou vai-se embora com sua frieza, ela transcende da sua alma. Não sei o que é pior, seu corpo feito morto, sua alma gelada ou seu café frio.