SONHOS INCONTIDOS

Sinto-me assim, olhando as vitrinas dos teus olhos e buscando tua alma como alguém que precisa se revestir pelo teu encanto e pela tua beleza. Feito um sol que aguarda atrás dos montes, entre horizontes abertos aos braços teus e me fazendo rimas em tua poesia, a qual me acaricia em luares e brilhos de estrelas.

Creio que existes dentro de mim, feito fogo que arde no pulsar de minhas artérias... Desta matéria que não se explica e, tão pouco, justifica-se a não ser pela sensação de que me tenho em ti, sorrindo entre as flores dos teus lábios e me saciando dos licores e amores em que se desvirginaram no leito da beleza que canta e encanta ao redor de nós dois.

Pudesse ser as mãos que acariciam o teu corpo e, no silêncio do teu quarto, ser canção em som de harmonia, despindo-te no decorrer da melodia e, assim, identificar-me-ia em ti quando meu coração, ao teu pulsar, tomasse-nos em sentimentos ardentes e, então, seríamos sementes de um germinar de Amor e, sendo assim, o que mais pretendo está contido em ti...

Neste teu coração pulsante a me revelar caminhos em destinos que pensava não alcançar com minhas asas enceradas pela maresia do olhar que, agora, irradia-se ao teu fascínio e brilha na tua presença, entre beijos que se fazem de laços pelas rimas de nossos versos e deste universo que se faz em nós.

Não, não quero acordar deste sonho, desta minha vontade de trilhar em teu corpo todas as minhas estradas, as quais se fazem em uma só. Se, ao menos, a tua alma me ouvisse e a ti os meus apelos chegassem talvez eu me libertasse das amarras desta solidão e me faria risos de felicidade, raios de sol pela cidade, voando em torno de ti, qual pássaro exaltado por entre as asas do Amor.

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Giovanni Pelluzzi

São João Del Rei, 17 de agosto de 2013.

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 17/08/2013
Reeditado em 07/02/2014
Código do texto: T4438139
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