MAIS UM NO MUNDO
Será que as pessoas têm consciência do real motivo de suas existências? Em um primeiro momento parece que não. Milhões de vidas surgem no mundo ao passo que no mesmo ritmo outras desaparecem. É como em uma vila de restaurante quando quem acaba de comer dá lugar a quem aguarda na vila.
A fila sempre está andando. De todos, sem exceção, que (des) honram o mundo com sua presença, uns se destacam em meio os demais, chegando até a se eternizarem seja escrevendo um livro, compondo uma canção e etc. Mas a imensa maioria apenas passa. Come e vai embora.
Um dos principais autores existencialistas (filosofia que prega, em linhas gerais, que a vida não tem um sentido), Jean Paul Sartre dizia que o ser humano não escolhe nascer. De modo que é jogado no mundo contra a sua vontade e é forçado a tomar suas próprias escolhas, devendo pagar o preço por cada uma delas.
Em um primeiro momento a vida não tem sentido, ou seja, segundo o existencialismo, vivemos sem um propósito, Tal lógica nos leva a ficar angustiados, pois uma vez que a vida não tem sentido, seria lógico não ter sentido viver.
Não obstante, em um segundo momento tem-se a consciência de que todos são livres, embora não tenha escolhido nascer. Todos são livres na medida em que estão cientes de suas liberdades. Logo, se não há essa percepção, não há liberdade. Sem qualquer destino previamente definido, temos a chance de criar um sentido para a vida e viver nos termos dele. Que as pessoas possam chegar algum dia a este segundo momento.