• FRAGMENTOS DO CORAÇÃO: ECOS DO SILÊNCIO ¹

[...] Alguém pergunta porque nunca falei mais de você, seja para o bem ou para o mal, e sabe, não havia nada para ser dito, eu não queria falar a respeito, não mais, queria apenas seguir em frente, levar você como uma lembrança de tudo que havia de mais puro e verdadeiro que havia sentido em toda minha vida.

Talvez eu não tenha mencionado você em minhas palavras, porque aprendi que não havia nada para ser dito, meu silêncio, era suficiente para mostrar o que sempre senti por você, e que agora pertencia a mim, para ser guardado em uma caixa no fundo do armário, ou jogado no fundo do oceano, ou mesmo lançado no infinito entre as estrelas, mas ainda assim, eu sentiria, saberia que tudo havia sido daquele jeito, que meu querer, meu desejo e tudo de mim, pertenceu a você, pelo tempo que quis, que sentiu e acreditou que queria viver.

No fim, eu não poderia falar mais sobre você, não poderia dizer mais nada, que pudesse macular ou renegar tudo que havia sido cultivado, com lágrimas, com sorrisos, com descompasso do coração.

Não poderia fingir que não havia sentido borboletas no estomâgo, que havia sonhado com você noite após noite, e esperado por você por longos dias de sol e chuva, em meio a tempestade, ou enfrentando meus medos e receios, todos aqueles monstros guardados e preservados sob uma máscara de força e coragem.

Sim, eu não falaria mais de você, de mim, de nós, sobre tudo que foi, e não foi, de nada que pudesse fazer chorar ou sentir que havia sido magoado e ferido novamente. E assim, eu não quis falar mais, mas no meu silêncio, as palavras pareciam fazer sentido, como nunca havia compreendido, ou tenha escolhido não compreender, cada um em um relacionamento envolve com aquilo que possui, com o que pode, acredita e sente, alguns mais ou menos, e no fim, descobrimos que cada um recebe apenas e somente aquilo que merece.

* Alexandre² Belo Horizonte

DAMIEN LOCKHEART
Enviado por DAMIEN LOCKHEART em 15/08/2013
Código do texto: T4435540
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