Trilhos

O por do sol acolhia o sorriso dos que seguiam radiantes nas janelas dos que viajavam naquele vagão. A sonoridade do trem remetia aos passeios quando criança , perto dos que me viram crescer.

Quando aquele vagão partiu em pleno por do sol, eu queria caminhar pelos trilhos e sentir que o trajeto, já não era mais aquele em que habitava nas horas as quais partiram as ilustrações naturais,estas,pareciam levar em cada vagão,não só as pessoas e suas diferenças,mas histórias distintas;compartilhando um mesmo ambiente .

Fiquei na janela a observar cada paisagem acolhida pela leveza da brisa, pensando em todos os que fizeram parte do meu dia a dia ou apenas compartilharam alguns instantes.

Parecia que aqueles sorrisos estavam cristalizados com o cenário ao longo do belo caminho.

Antes da viagem, plantei flores que trilharam no meu jardim os seus aromas característicos. Feito o aroma dos cabelos da minha genitora, pareciam exalar por entre as flores e, a cada vez que eu exalava o perfume daquelas pétalas, cada uma parecia representar parcelas de afeto que trilharam o meu crescimento.

Já na felicidade da flor a ser regada, transpiram as pétalas, por ficarem mais vivas a cada vez que são banhadas. Parecem abrir um sorriso.

Cresciam as paisagens, rodeadas pelos caprichos da mãe natureza, tão extensos e cheios de peculiaridade, diante daquele trem composto por histórias diversas...

Mas, somos endereçados aos nossos trilhos, e,a sonoridade do nosso intimo indica o ritmo a velocidade do nosso afeto, onde acolhemos o sorriso daqueles que convivem conosco, rodeados pelos caprichos da natureza.

SHIRLEY LIMA
Enviado por SHIRLEY LIMA em 12/08/2013
Reeditado em 13/08/2013
Código do texto: T4431647
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