"Bota Fé"

Qual a motivação para fazermos o que fazemos todos os dias?

Bom dia, desculpem a pressa, mas é que tenho que escrever rapidinho, pois hoje é segunda-feira, praticamente a metade do mês e ainda tenho muitas tarefas para realizar no trabalhos, na faculdade e em casa, portanto não tenho tempo.

Quantas vezes agimos dessa forma, pensamos dessa maneira, nos nossos tão atarefados dias?

Todas as manhãs, eu e minha esposa acordamos preguiçosos, escovamos os dentes, tomamos café, comida pro gato Tom, nos dirigimos a garagem, levo ela ao seu trabalho e sigo para o meu, sempre a mesma rotina, mesmo caminho. Porém, hoje por uma distração, quando percebi, estava indo por outra rota, o sol batia forte em meu rosto, quase não via a rua.

Quando, finalmente retornei ao trajeto originalmente costumeiro, parei na sinaleira e mentalmente fiquei me indagando retoricamente, coisas do tipo o porquê dos porquês, o porquê acordamos cedo, cedíssimo para trabalhar, após o trabalho engolimos meia refeição qualquer e corremos para a faculdade, retornando contentados para casa no final da noite, para que poucas horas depois retomemos o mesmo circuito.

Eis que me recordei da citação de Mario Sergio Cortella, singular filosofo brasileiro, professor da PUC de São Paulo por mais de trinta anos, autor de obras fascinantes, onde em uma delas nos lembra da frase do célebre presidente Americano Thomas Jefferson, que disse: “que todo cidadão tem direito a busca da felicidade”, vejam bem, direito a “busca”, e não a felicidade, ou seja o caminho, a felicidade como bem sabemos é inconstante, e talvez ela esteja justamente no percurso e não na chegada, talvez ela não seja o fim em si próprio, e sim, como dizia Raul “o começo, o fim e o meio”.

Surge então a resposta para as minhas inquietantes indagações matinais e rotineiras, qual a motivação para fazermos o que fazemos todos os dias?

Não sei, ou tão-só sei que eu tenho vida, estou vivo. Depende de mim, saber o que levo da vida que tenho e que vida eu levarei. Não podemos perder a esperança. E como dizia certo Francisco, “bota fé”.

Lucas Carini
Enviado por Lucas Carini em 12/08/2013
Código do texto: T4430596
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