Meu mundo
Vivo no mundo. Esse é o começo e o ponto final. É a história mais longa dita brevemente que posso contar. Faço dele o local, apenas um espaço cedido ao meu corpo. Não é casa própria, vivo de aluguel.
Não vivo de mundo, eu não o pertenço. Pertenço à mim, sou meu mesmo sem ter controle sobre mim. Tolice acreditar que mando, não, minha razão é um corpo adormecido, quase morto, apenas respira. Minha emoção é um animal selvagem, é um fogo de brasas quentes e altas, é um impulso nervoso e mal pensado. Emoção sou eu, emoção me tem.
Vivo sobre um melancólico devaneio. Meu lar é a parte mais frágil e concreta que tenho, coração. Meus móveis são paixões, sonhos, alegrias e tristezas. Me alimento de paz, de querer.
Meu mundo sou eu, e eu, eu sou você. Impossível falar sobre minha casa sem te citar, você é todos os meus móveis.