Indiferentes ao que podemos ser
Indiferentes ao que podemos ser, somos o que a inércia do próprio viver nos faz ser. Esquecemos apenas que pela termodinâmica, o caos e a perda consistente da informação é o nosso destino, é o fim natural. Sem aplicarmos energia intencional, o caminho natural de tudo é a anarquia, é a perda da ordem, é a desagregação total de toda e qualquer informação. Apesar disto tudo, nos achamos intelectualmente preparados para deixar a vida nos levar, como ela quiser, para onde ela quiser. A realidade é por si só caótica, não quero dizer aleatória, quero dizer determinista porem sem capacidade de com o nosso estado atual de conhecimentos e capacidade sensorial de obter todas as causas em tempo real, e nossa capacidade de previsão se perde, algumas delas em poucos ciclos, outras conseguimos uma previsão longa, porem quando estendemos em muito este prazo, esta previsão também se perde. Como exemplos, o movimento planetário em torno de nosso sol é bem determinista, como as distancias astronômicas são absurdamente grandes, quase que podemos trabalhar o sistema planetário como um cenário isolado de todo o resto, assim temos como prever a posição de um determinado planeta em milhares de anos, mas se elevarmos esta previsão a milhões de anos, a previsibilidade passa a estar turvada, pois não nos é possível uma matriz de infinita resolução, de todos os campos envolvidos para podermos alcançar esta previsibilidade. Por outro lado, existem previsões que se perdem muito rápido, algumas em tempo de segundos, um exemplo é um pendulo duplo, um pêndulo preso ao final de outro pêndulo, sabemos bem as forças que agirão sobre eles, mas em poucos segundos, já não temos muita previsibilidade, outros casos são pior ainda, quem nunca encheu um copo com refrigerante de cola, com pouco gelo, e viu que a espuma cresce muito rápido, a previsibilidade de quais bolhas estourarão em que ordem é praticamente impossível, posto que não conseguimos tabular todos os campos que atuam neste copo. O caos é determinista, porem não previsível em todo escopo, interessante dicotomia a da realidade, não da realidade em si, mas do nosso estágio de conhecimento e percepção desta realidade.
Deixar a vida nos levar é o melhor caminho para não sabermos a onde vamos chegar. Com gasto de energia, empenho, esforço, estudo, foco e atitude, mesmo assim, não temos a certeza de chegar a lugar algum.
A realidade, seus fatos e eventos são tão inter-relacionados, eventos a eventos, multiplicidade de eventos, em tempo e espaço múltiplos, em um espaço-tempo relativo, que podem, e o fazem, direta ou indiretamente atuar uns sobre os outros, se reforçando, se cancelando, ou se distorcendo mutuamente, e assim horas nos ajudarão e outras horas nos atrapalharão em nosso caminhar. Efeito este conhecido no mundo do caos como efeito borboleta, onde uma decisão sendo tomada agora na China pode afetar direta ou indiretamente nosso caminho daqui a um ano, e de forma radical alterar todo nosso caminhar.
Pode parecer exagerado, mas o conceito de que uma simples borboleta batendo asas aqui, hoje, pode desencadear uma reação caótica, em cadeia sucessiva, que no mês que vem pode surgir um novo tornado varrendo a costa leste americana, é bem modelado e real.
Isto significa que não devemos focar energias em nosso caminhar? Não, o que isto significa é que, mesmo focando energias em nosso presente, o que pode acontecer, ainda assim, é imprevisível em totalidade, por isto não devemos criar esperanças naquilo que de nós não dependa. A esperança pode não se concretizar e o sofrimento será natural.
Quando vivemos o presente, com foco nele, tentando dirigi-lo, utilizando o máximo de racionalismo com as informações de que dispomos, sempre limitadas, mas sem criar esperança alguma, continuaremos nossa caminhada, prontos a reprogramação de rota a todo e a qualquer instante, continuando ativos e felizes com o que temos no momento, e com o que podemos por agora.
Indiferentes ao que podemos ser, somos o que a inércia do próprio viver nos faz ser. Esquecemos apenas que pela termodinâmica, o caos e a perda consistente da informação é o nosso destino, é o fim natural. Sem aplicarmos energia intencional, o caminho natural de tudo é a anarquia, é a perda da ordem, é a desagregação total de toda e qualquer informação. Apesar disto tudo, nos achamos intelectualmente preparados para deixar a vida nos levar, como ela quiser, para onde ela quiser. A realidade é por si só caótica, não quero dizer aleatória, quero dizer determinista porem sem capacidade de com o nosso estado atual de conhecimentos e capacidade sensorial de obter todas as causas em tempo real, e nossa capacidade de previsão se perde, algumas delas em poucos ciclos, outras conseguimos uma previsão longa, porem quando estendemos em muito este prazo, esta previsão também se perde. Como exemplos, o movimento planetário em torno de nosso sol é bem determinista, como as distancias astronômicas são absurdamente grandes, quase que podemos trabalhar o sistema planetário como um cenário isolado de todo o resto, assim temos como prever a posição de um determinado planeta em milhares de anos, mas se elevarmos esta previsão a milhões de anos, a previsibilidade passa a estar turvada, pois não nos é possível uma matriz de infinita resolução, de todos os campos envolvidos para podermos alcançar esta previsibilidade. Por outro lado, existem previsões que se perdem muito rápido, algumas em tempo de segundos, um exemplo é um pendulo duplo, um pêndulo preso ao final de outro pêndulo, sabemos bem as forças que agirão sobre eles, mas em poucos segundos, já não temos muita previsibilidade, outros casos são pior ainda, quem nunca encheu um copo com refrigerante de cola, com pouco gelo, e viu que a espuma cresce muito rápido, a previsibilidade de quais bolhas estourarão em que ordem é praticamente impossível, posto que não conseguimos tabular todos os campos que atuam neste copo. O caos é determinista, porem não previsível em todo escopo, interessante dicotomia a da realidade, não da realidade em si, mas do nosso estágio de conhecimento e percepção desta realidade.
Deixar a vida nos levar é o melhor caminho para não sabermos a onde vamos chegar. Com gasto de energia, empenho, esforço, estudo, foco e atitude, mesmo assim, não temos a certeza de chegar a lugar algum.
A realidade, seus fatos e eventos são tão inter-relacionados, eventos a eventos, multiplicidade de eventos, em tempo e espaço múltiplos, em um espaço-tempo relativo, que podem, e o fazem, direta ou indiretamente atuar uns sobre os outros, se reforçando, se cancelando, ou se distorcendo mutuamente, e assim horas nos ajudarão e outras horas nos atrapalharão em nosso caminhar. Efeito este conhecido no mundo do caos como efeito borboleta, onde uma decisão sendo tomada agora na China pode afetar direta ou indiretamente nosso caminho daqui a um ano, e de forma radical alterar todo nosso caminhar.
Pode parecer exagerado, mas o conceito de que uma simples borboleta batendo asas aqui, hoje, pode desencadear uma reação caótica, em cadeia sucessiva, que no mês que vem pode surgir um novo tornado varrendo a costa leste americana, é bem modelado e real.
Isto significa que não devemos focar energias em nosso caminhar? Não, o que isto significa é que, mesmo focando energias em nosso presente, o que pode acontecer, ainda assim, é imprevisível em totalidade, por isto não devemos criar esperanças naquilo que de nós não dependa. A esperança pode não se concretizar e o sofrimento será natural.
Quando vivemos o presente, com foco nele, tentando dirigi-lo, utilizando o máximo de racionalismo com as informações de que dispomos, sempre limitadas, mas sem criar esperança alguma, continuaremos nossa caminhada, prontos a reprogramação de rota a todo e a qualquer instante, continuando ativos e felizes com o que temos no momento, e com o que podemos por agora.