Análises cotidianas sobre mim mesma
Sou um espelho de mim mesma. Faço muitas vezes as coisas que gostaria que fizessem comigo. Dou atenção em demasia, porque sempre precisei muito de atenção. Quando gosto de alguém, essa pessoa torna o centro do meu mundo, e tento fazer tudo para agradar, porque adoraria que assim eu fosse um dia, centro do mundo de alguém.
Sim, eu mimo de várias formas com os mimos que gostaria de receber. Quantas vezes escrevi versos, e frases bonitas em mensagens, pois pensava o quanto devia ser legal receber mensagens assim, sem esperar.
E quando recebia, via que realmente é bom...
Muitas vezes mandava uma mensagens de bom dia, pra receber um bom dia de volta.
Com o tempo, ao rever meus passos, vou vendo pegadas cansadas. Talvez na verdade, só eu que goste dessas coisas. Ai tenho mudado, aos poucos, as vezes nem eu percebo. Hoje as mensagens não são mais enviadas, presentes inesperados do nada quase não são comprados. As pessoas estão acostumados e creio que gostam mais de relacionamentos frios. Namoros e não romances.
Tudo com suas regras, sua matemática perfeita, com medida para tudo, com porque pra tudo, com motivo pra tudo, onde não se corre riscos, não se parece bobo, e não se tem no outro algo importante e que fará falta.
Eu lutei muito contra essa mudança. O ser sempre luta contra isso, porque de certa forma estou negando minha natureza. Sim ainda acredito em romance e conto de fadas...
Mas hoje faço o que acho que as pessoas preferem seguindo a mesma lógica. Eles fazem isso, deve ser porque preferem assim...
Peço ao meu coração que me deixe agir como as pessoas preferem, e pare de lutar em vão.
Guardarei meus versos e meus romances, pras bobeiras que escrevo...
Acho que darão belas histórias.