Muito amor
Meus rastros são seguidos pelos que não conseguem cortar seus próprios caminhos, pare de me olhar a distancia venha o caminho da para se fazer de mãos dadas...
Os passos dando a dois se tornam quatros, ou seja, se unir fortalece, esparrama quem não consegue dividir.
As vejo a sul tretando com a leste e penso, talvez o amor grafitado naquela parede não foi o suficiente para demonstrar o olhar do artista, talvez aquela rima feita com amor não foi o bastante para fincar esperança no jovem...
Penso o que escrevo, e sinto medo, muito medo de ser apenas palavras mortas, medo que o orvalho se torne tempestade e que no fim nossas frases sejam levadas...
Toque os tambores, os atabaques, o guizo e façam barulho para que o toque, toque a alma e tanto faz sua etnia, sua classe social no fim todos fazemos parte desta floresta e somos fauna entre os prédios os metros lotados os ônibus amarrotados, não faz diferença se vai de carro ou de van, pois o amor não cobra bilhete, não pede gasolina ele apenas diz: me viva! O' que bom sera' o dia que as mãos forem dadas sem o olhar para o anel, que os olhos se cruzarem sem o preconceito, que bom sera' o dia que o engravatado abraçar o mendigo, e que mesmo, se este esteja de nariz tapado ainda eu possa ver os braços entrelaçados....Mais amor...Mais amor, pois o amor pede: ME VIVA!
Guido Campos