Mundo Inundado

Mundo inundado:

Homens que não são Homens

Amores que não são Amores

Almas penadas:

Andando a sete palmos

Abaixo da humanidade

A sete palmos

De sua própria Destruição

Insanidade:

Loucos nas ruas

Gênios em hospícios

Insanos simplesmente reinam

Sábios varrem o chão

Maturidade Humana:

Meras prostitutas

Querem o amor perfeito

O amor de condições

Mas somente encontram

A perfeita maldição

Criada em suas regras

Gênios Humanos:

Gênios?

Que piada

Não valem ao menos

O adubo do solo

Abaixo de seus pés

Homens inválidos

Que andam

Mas não vão a lugar nenhum

Que vêem

Mas não vêem o que vejo

Que ouvem

Somente o chamado da morte

O chamado de seu próprio ego

Afinal, são somente homens

Mulheres que não mais são

Deixaram sua pureza no passado

Era dos seres

O mais perfeito

Agora são apenas homens

Que não mais amam

Que não mais vivem

Apenas morrem

A cada segundo que passa

Pessoas nascem

E pessoas morrem

Mas a doença humana

Reina sobre as gerações

Matando o perfeito sentimento

Que em mim

É imortal

Não sou Homem

E porque seria?

Sou um bom animal

De instinto único

Que não tem carne ou osso

Apenas o puro metal

Que resiste a hipocrisia humana

E protege o puro homem

Que é o perfeito amor

Minhas palavras insanas

Devem chocar olhos

E ouvidos

Mas infelizmente aceito

Que corações

Não alcançam

E esse é o meu lamento

O lamento de um ser

Que não agüenta mais

A cansativa solidão

Que não agüenta ser sozinho

Nesse mundo devastado

Um mundo em plena extinção

Inexistente
Enviado por Inexistente em 28/07/2013
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