UM SILOGISMO INFERNAL
Quando a gente nasce, existem duas questões que nos são postas: podemos nascer pobres ou ricos. Se nascemos ricos, não há motivo para se preocupar. Se nascemos pobre, há duas coisas a considerar; ou ficamos ricos ao longo da vida ou continuaremos pobres. Se ficarmos ricos, não há razão para se preocupar; se continuarmos pobres teremos que considerar duas questões; ou viveremos bem ou viveremos mal. Se vivermos bem não haverá motivo para se incomodar; se vivermos mal , com certeza ficaremos doentes. Se ficarmos doentes, das duas uma; ou a gente se cura, ou então morre. Se nos curarmos, não haverá nada com que nos incomodarmos; se morrermos, haverá duas questões a considerar; ou iremos para o céu, ou iremos parar no inferno. Se formos para o céu, não teremos qualquer problema a considerar, mas se formos para o inferno, também não teremos nenhum problema para considerar porque iremos encontrar lá tantos conhecidos para cumprimentar, que nem teremos tempo para se incomodar. O Capeta agradece esse exercício de lógica.
Adaptado de Metáforas- Organização de Alexandre Rangel-Ed Leitura,2002
Quando a gente nasce, existem duas questões que nos são postas: podemos nascer pobres ou ricos. Se nascemos ricos, não há motivo para se preocupar. Se nascemos pobre, há duas coisas a considerar; ou ficamos ricos ao longo da vida ou continuaremos pobres. Se ficarmos ricos, não há razão para se preocupar; se continuarmos pobres teremos que considerar duas questões; ou viveremos bem ou viveremos mal. Se vivermos bem não haverá motivo para se incomodar; se vivermos mal , com certeza ficaremos doentes. Se ficarmos doentes, das duas uma; ou a gente se cura, ou então morre. Se nos curarmos, não haverá nada com que nos incomodarmos; se morrermos, haverá duas questões a considerar; ou iremos para o céu, ou iremos parar no inferno. Se formos para o céu, não teremos qualquer problema a considerar, mas se formos para o inferno, também não teremos nenhum problema para considerar porque iremos encontrar lá tantos conhecidos para cumprimentar, que nem teremos tempo para se incomodar. O Capeta agradece esse exercício de lógica.
Adaptado de Metáforas- Organização de Alexandre Rangel-Ed Leitura,2002