NÃO HÁ TEMPO PARA SER NOSLTÁLGICO
O tempo corre enquanto rasteja
A pista de fórmula-um fica para trás
Foge dos pés o chão
Um adeus aos ventos que sopravam como brisa
Acolhem as monções, os tufões
A vida foi mais forte do que o corpo
O chão tépido engoliu
O adulto abandona o cândido menino
Teima em ser sábio
Vira um paspalhão empalhado
Com cachaça e malandragem
Com muito dinheiro e orgasmos raros
E caros
A nostalgia se despediu
Transformou-se numa fogueira
Incineradora das esperanças
Madrasta dos afetos
Deusa das dores e dos desalentos.