NÃO HÁ TEMPO PARA SER NOSLTÁLGICO

O tempo corre enquanto rasteja

A pista de fórmula-um fica para trás

Foge dos pés o chão

Um adeus aos ventos que sopravam como brisa

Acolhem as monções, os tufões

A vida foi mais forte do que o corpo

O chão tépido engoliu

O adulto abandona o cândido menino

Teima em ser sábio

Vira um paspalhão empalhado

Com cachaça e malandragem

Com muito dinheiro e orgasmos raros

E caros

A nostalgia se despediu

Transformou-se numa fogueira

Incineradora das esperanças

Madrasta dos afetos

Deusa das dores e dos desalentos.

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 28/07/2013
Reeditado em 28/07/2013
Código do texto: T4408234
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