Tenhamos Sensibilidade
E cada gota de sangue que fazemos derramar-se do outro, é uma responsabilidade que temos de carregar consigo para o resto de nossas vidas. Sacrificamos sem saber, o que tanto sentimos, a verdade, para que não tenhamos de ter a nostalgia de carregar essa responsabilidade para sempre, e toda vez que tenhamos que recomeçar, ela não nos agonie o coração.
Mas sempre é chegado tal momento, é algo quase inevitável, por mais que seja tomado o cuidado mais devido possível, você sempre acaba saindo da linha, arranhando sem querer, o outro. É como se andássemos sempre com uma navalha na mão, e por algum descuido, cortamos o outro sem a mínima intenção, procurando, imediatamente, alguma forma te tampar o sangramento, por pequeno que seja ou até mesmo insignificante. Temos uma pequena preocupação com a reação do outro, independente. Sem generalizações, fazemos isso, mesmo que o fim seja ali, cru, ficamos com um pouco de culpa em nosso peito, nos incomodando, querendo aquela tão sincera compreensão. A qual, só virá com a cura da dor do outro.
Por vezes, voltamos atrás, na dúvida se é esse término mesmo que queremos. Se é essa dor que estamos dispostos a levar conosco, ou até a alegria, pelo tempo, pelos momentos. Paramos e continuamos na mesma caminhada, pela espera de algumas mudanças consideráveis, para que mude, tudo, para melhor.
E você ali, na fé, com o pé firme e a cabeça torcendo para que tudo não seja um pequeno erro de percurso da sua mente. Pois, é complicado, distinguirmos ou até mesmo termos certeza do que sentimos e queremos. A cada dia amanhecemos com um querer diferente e isso transparece em nossas ações. Por isso, a paciência vem-se à tona, para quem se permite ao tal, para que ela mesma nos molde, e saibamos com o tempo, sem pressa, a conclusão da dúvida que tanto nos afligia. E essa é a questão, até quando.