Muitas vezes tenho ouvido alguém dizer que chorou de tanto rir. Eu mesma já experimentei essa estranha transição, em que um ataque de riso incontrolável provoca lágrimas em nossos olhos.
Mas há também a situação inversa. Há momentos em que a dor é tão aguda, o desespero tão brutal e irremediável, o choro tão convulso e interminável que, sem mais nem porque, transforma-se em riso. Um riso também frenético, também brutal, também convulso e dolorido, que depois transforma-se novamente no choro original.
Talvez isso seja uma defesa, uma parte do instinto de sobrevivência, já que muda alguma coisa no organismo: o riso é diferente do choro, pelo menos os motivos que os incitam, e essa mudança provoca uma parada, ainda que temporária, no desespero. Ao transmutar-se inexplicavelmente o choro em riso, o susto e a surpresa que isso provoca, pelo inusitado da situação, faz com que o desespero se afaste e dê ao organismo e aos sentimentos um tempo, visceralmente necessário para que se readquira a calma e o controle da situação. Outra opção talvez fosse o suicídio!
Mas há também a situação inversa. Há momentos em que a dor é tão aguda, o desespero tão brutal e irremediável, o choro tão convulso e interminável que, sem mais nem porque, transforma-se em riso. Um riso também frenético, também brutal, também convulso e dolorido, que depois transforma-se novamente no choro original.
Talvez isso seja uma defesa, uma parte do instinto de sobrevivência, já que muda alguma coisa no organismo: o riso é diferente do choro, pelo menos os motivos que os incitam, e essa mudança provoca uma parada, ainda que temporária, no desespero. Ao transmutar-se inexplicavelmente o choro em riso, o susto e a surpresa que isso provoca, pelo inusitado da situação, faz com que o desespero se afaste e dê ao organismo e aos sentimentos um tempo, visceralmente necessário para que se readquira a calma e o controle da situação. Outra opção talvez fosse o suicídio!