Cismo em trança

Cismo em trança

Já morreram tantos vivos de esperança.

Já correram tantos, cismo em trança.

Imploraram sem terço, sem Cristo,

sem Buda e sem Maomé.

Olharam para o céu desesperados em

pé.

Sentiram força, conquistaram fortaleza

mas não a do Ceará.

Os negros de negra fome alguns já não

rezam ou oram com fé.

Olhar de socorro, sem tiro no morro

se contaminam com a peste.

Entendem a bíblia de formas diferente,

debruçam em provas de conduta.

A puta também tem dogma e é filha

de Jeová, Alá, daqui e de lá.

Se não conheceu os jesuítas, fique na

pista. O preto, o pobre, o gay, a puta

é chave de eleição.

Pra muitos esses votos é mais do que

de confiança.

Alguns do poder vai de novo te elogiar

com emoção, precisam de você, da sua

miséria sem religião.

NOVO POETA. (W.Marques).